domingo, 23 de junho de 2013

Crescer e amadurecer

Talvez um dia eu note que não sou tão madura quanto me julgue e, então, eu seja capaz de crescer e adquirir a maturidade necessária para ser uma pessoa segura de mim. Talvez aí se consolide na minha cabeça dura a noção de que "o problema não é você, o problema sou eu". Talvez aí eu note que somos duas crianças brincando de vida enquanto nos julgamos adultos.
Quem sabe será nesse dia que eu entenderei -- e aceitarei -- plenamente seu jeito de ser. E verei que ele não precisa corresponder a um ideal criado na minha cabeça por filmes e fábulas que eu via quando criança. E saberei que não é preciso ser um dos heróis de romance para estar ao meu lado e me amar de verdade. Até Mr. Darcy falhou, não é mesmo?
Enquanto isso, é preciso lutar contra alguns fantasmas que assomam -- e assombram -- meus pensamentos, contra essa insegurança. Nem sempre se ganham as batalhas, mas ainda não é possível dar a guerra como perdida.
#MartaMedeirosStyle (mas com menos classe, é claro)

domingo, 9 de junho de 2013

Noites insones, dias sonolentos

Reprodução da internet


Quando a noite é passada em claro, o dia seguinte é cheio do sono que faltou quando devíamos estar na cama, de olhos fechados, no reino de Morfeu.
Quando a insônia nos vence, o sono nos derrota ao longo do dia seguinte.
Quando as madrugadas são insones, e os dias, regados a café, sobra pouco espaço para os sonhos.

Alyne Bittencourt - 09/06/2013 (Noite)

Agora vejamos se consigo dormir.

sábado, 8 de junho de 2013

Aonde você foi?


Meu ecletismo musical – e a minha memória peculiar que às vezes traz coisas da época da carochinha, mas esquece o nome do ministro do esporte – e o momento pelo qual estou passando fizeram voltar à minha playlist a música "Where'd Go" do Fort Minor lançada em 2006 (!).

A letra fala de um casal que se vê separado pela profissão do marido. A história foca principalmente em como a esposa se sente longe do amado, e de dificuldades "bobas", como a falta de assunto quando o marido liga.

De início, "Where'd Go" me veio à lembrança pela descrição de como a mulher se sentia. "Somedays I feel like shit, somedays I wanna quit and just be normal for a bit". E como esse trecho tem feito sentido pra mim nos últimos tempos.

Hoje, porém, cantarolando os versos de Mike Shinoda, "co-vocalista" do Linkin Park, pela enésima vez, notei que outra parte – retirada do contexto original – também reflete bem este momento. Desabafando em relação à saudade do marido, a mulher diz: "Where'd go? I miss you so. Seems like it's been forever that you've been gone. Please come back home".

A diferença é que, em vez de estar atrás do meu companheiro, é a mim mesma que procuro. "Aonde você foi? Sinto tanto sua falta. Parece que você se foi há séculos. Por favor, volte pra casa". Para onde terá ido a Alyne "de sempre"? Aquela que sonhava, que acreditava em um  mundo melhor e achava que a política ainda tinha jeito. A menina que queria fazer jornalismo mesmo sem fazer ideia de como era uma redação de veículos de rádio, impressos, on-line ou televisionados.

As poucas certezas que restaram após as desilusões que a gente "aprende" na faculdade começam a se esvair depois que chegamos ao mercado. Tudo é questionável. E a garotinha de olhos brilhantes parece se afastar, ainda que esses mesmos olhos ainda se encham de brilho ao ver a generosidade de alguns grandes nomes da comunicação sendo tão gentis com quem está começando e com aqueles que os cercam.

O jeito é repetir as palavras de Mike Shinoda: "POR FAVOR, VOLTE PARA CASA!", menina das certezas. Você faz falta.

terça-feira, 4 de junho de 2013

(In) Certezas


O mundo da psique humana é, de fato, fascinante, deve ser por isso que existem tantos psicólogos e tantos curiosos do assunto. A minha psique, pelo menos, com o perdão da falsa modéstia, é curiosamente fascinante nos seus mais ínfimos detalhes. Mas estes são assuntos para outro post.
Um dos pontos curiosos da minha psique é sua capacidade de mutação, nem sempre compreensível, é claro.
Quem diria que a moça das certezas absolutas se encheria de questionamentos a essa altura do campeonato? É que não contaram para a digníssima que não existem certezas absolutas. "O mundo gira, vacilão roda" e, acrescentaria eu, certezas desmancham no ar.
Não sou mais a adolescente de 15 anos com tudo pago pelo pai (não que eu agora me sustente), que queria ser "redatora de jornal" sem nem saber o que isso quer dizer, e que não fazia ideia do custo pra manter uma casa. Com os sonhos de mudar o mundo e "denunciar a realidade" (quem nunca?), foi-se também a pedra fundamental da minha convicção: quero ser jornalista.
Com o tempo racionado e a noção de que um dia pretendo realizar o desejo de ser mãe (e que minha vida será diferente da que minha mãe teve e, portanto, meus filhos podem não contar com avós-babás), ficou evidente que a carreira de jornalista pode ser um pouco cruel com esses projetos oníricos. Com as crises de ansiedade ficou flagrante que o stress da redação é bom, o café também (às vezes), mas que a conta pode ser cara no fim do mês.
O coração bate forte com a notícia, com o nome no site ou na página do jornal. Mas "quanto vale o amor?", como diria a música?
Já diziam os sábios do NX Zero (porque Chico Buarque não tá com nada): "Entre razão e emoção a saída é fazer valer a pena". Não sei se ainda consigo separar razão e emoção. O que eu tenho certeza é que tenho lutado para fazer valer a pena cada minuto, cada segundo passado perto de grandes mestres desse que já foi meu sonho dourado e que, independente de qualquer coisa, será sempre minha paixão.