terça-feira, 4 de junho de 2013

(In) Certezas


O mundo da psique humana é, de fato, fascinante, deve ser por isso que existem tantos psicólogos e tantos curiosos do assunto. A minha psique, pelo menos, com o perdão da falsa modéstia, é curiosamente fascinante nos seus mais ínfimos detalhes. Mas estes são assuntos para outro post.
Um dos pontos curiosos da minha psique é sua capacidade de mutação, nem sempre compreensível, é claro.
Quem diria que a moça das certezas absolutas se encheria de questionamentos a essa altura do campeonato? É que não contaram para a digníssima que não existem certezas absolutas. "O mundo gira, vacilão roda" e, acrescentaria eu, certezas desmancham no ar.
Não sou mais a adolescente de 15 anos com tudo pago pelo pai (não que eu agora me sustente), que queria ser "redatora de jornal" sem nem saber o que isso quer dizer, e que não fazia ideia do custo pra manter uma casa. Com os sonhos de mudar o mundo e "denunciar a realidade" (quem nunca?), foi-se também a pedra fundamental da minha convicção: quero ser jornalista.
Com o tempo racionado e a noção de que um dia pretendo realizar o desejo de ser mãe (e que minha vida será diferente da que minha mãe teve e, portanto, meus filhos podem não contar com avós-babás), ficou evidente que a carreira de jornalista pode ser um pouco cruel com esses projetos oníricos. Com as crises de ansiedade ficou flagrante que o stress da redação é bom, o café também (às vezes), mas que a conta pode ser cara no fim do mês.
O coração bate forte com a notícia, com o nome no site ou na página do jornal. Mas "quanto vale o amor?", como diria a música?
Já diziam os sábios do NX Zero (porque Chico Buarque não tá com nada): "Entre razão e emoção a saída é fazer valer a pena". Não sei se ainda consigo separar razão e emoção. O que eu tenho certeza é que tenho lutado para fazer valer a pena cada minuto, cada segundo passado perto de grandes mestres desse que já foi meu sonho dourado e que, independente de qualquer coisa, será sempre minha paixão.

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