terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Meu monstrinho de estimação: ansiedade

Depois de ler um relato bastante interessante de uma repórter com ansiedade (caso parecido com o meu). Eu me identifiquei com a moça e tinha achado tudo muito genial, até que, pouco depois de compartilhar o link no Twitter, a "tese" da repórter foi desconstruída por uma amiga (que também é ansiosa).

Bem intencionada (sem aquela história do ditado sobre as boas intenções e o inferno), ela deu dicas que eu vou tentar seguir. Mas, sem saber, ela deu o empurrãozinho que faltava para a primeira "crise" de ansiedade do ano. Feliz ano novo!

Nem sei desde quando eu sou um ser ansioso. Depois de ler a matéria, acho que desde sempre. Afinal, que tipo de criança chora porque tirou 8 e não uma nota maior que 9? Não é das mais normais. As coisas se intensificaram com o vestibular. Falta de ar, quase desmaios, visão ficando preta... E começaram os remédios. O tempo passou, os remédios foram mudando, sendo abandonados, até que só me sobrou um. O da ansiedade, a "raiz de todos os meus males".

E, agora, diante da sugestão de fazer algo para abandoná-lo, a cabeça volta a girar a 2 mil por hora. A ideia de perder a bengala que o remédio representa e me lançar de volta na batalha contra a ansiedade sem nenhum recurso externo só fez agravar um quadro de preocupação com fatores outros. De uma hora para outra, veio de novo a vontade de chorar, o aperto no peito, a vontade de fazer nada, de comer doces, de comer (embora esteja sem fome). O medo.

Escrever pode ser a solução. Escrever pode ser a solução? Não sei. Funcionou da outra vez. Pelo menos os pensamentos deram um desacelerada. Ufa. Consigo respirar um pouco.

Fico diante da berlinda: não pensar nisso me deixa mais tranquila agora. Porém, se não pensar, como vou encarar e superar a necessidade desse remédio? E eu bem sei que essa "tranquilidade" de agora está entre muitas aspas. Volta a falta de ar. Quanto dá pra escrever em um blog-que-ninguém-lê? Post tem limite de tamanho? Os pensamentos aceleraram de novo.

Piso no freio. Lembro do livro que estou lendo, da arrumação que tenho que fazer, de uma dica da psicóloga. Vou me focar nessas duas coisas e tentar manter a cabeça acima da linha d'água e me manter respirando.