domingo, 15 de dezembro de 2013

Meu castelo de cartas

Reprodução da Internet

Uma carta, outra carta, cuidado e leveza nas mãos. Na mesa, aparece o primeiro 'V' de cabeça pra baixo. Mais cuidado, e outrs Vs aparecem. Eles são cobertos por cartas na horizontal. Por cima delas, outro andar e depois mais outros. Cada célula daquela demanda uma grande atenção. A obra é finalizada e fico orgulhosa, eu gosto do castelo de cartas, é uma conquista, me afeiçoei a ele.

Mas sua beleza é etérea, seu equilíbrio, delicado. Ele pode ruir a qualquer momento, e não tem nada que eu possa fazer. Tentar segurar poderia derrubar as outras cartas ainda mais rápido. Porém, como deixá-lo ir assim tão fácil? Como vê-lo se desfazer em câmera lenta e me notar incapaz de mudar a situação?

Olho e te vejo se desmanchar, como o meu castelo de cartas. Frágil como nunca, fugindo do que poderia te salvar. O problema é que, como no castelo de cartas, cada vez que tento ajudar, só me sinto forçando sua destruição. Não tenho jeito, o gestos são brutos. Como posso? Como pude fazer o que já fiz?

Castelos de cartas foram mesmo feitos para cair. Você, não. Eu não quero aceitar sua ruína, não quero te ver virar uma pilha de cartas. Eu te quero casa de tijolos, que nem nos Três Porquinhos. Por que não sei como ajudar? Parece que nasci para as perguntas e não para as respostas.

O jeito vai ser tentar te ajudar a recolher as cartas e construir de novo. Porque, mesmo falha e um tanto distante, estarei ao seu lado para cada reconstrução.

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