quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um móbile no furacão


Abro o livro e procuro o ponto onde parei a "leitura" do audiolivro. Deus, ainda bem que o livro está no Kindle e dá para buscar uma palavra que lembro ter ouvido pouco antes de pausar a última faixa do audiolivro que escutei.

Desconfortável, aumento a letra para poder ler sem os óculos. Não acho posição para o e-reader, nem para mim. Tento, tento de novo, mas a atenção não se fixa. Começo a imaginar o porquê. Será porque tenho lido vorazmente e li mais de 400 páginas nos últimos 5 dias? Pouco provável.

A respiração ofegante e o formigamento mostram que o problema tem outra raiz, e ela está bem afixada no solo do meu cérebro. Os pensamentos fluem feito corredeiras. Chocam-se uns com os outros e seguem sem rumo colidindo nos cantos da cabeça. A luta para manter o foco parece exigir força maior do que a de que disponho.

O mergulho nos livros, que deveria apaziguar a mente, não surtiu efeito. Tomo o remédio para a ansiedade que, claro, não funciona. Ele não é tão forte assim. A TV não passa nada interessante. O jeito é escrever, quem sabe expulsando parte dos pensamentos de dentro da cabeça sobre espaço para os que ficarem por lá?

Não sei se vai funcionar, mas testar não custar nada.

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