sábado, 25 de abril de 2009


"Polícia para quem precisa"
E quem precisa? Todos precisamos!!
Essa frase deveria ser usada pelos policiais como reflexão. A polícia está ali pra regular a sociedade, para repreender os atos errôneos dos cidadãos, certo? Então porque não o fazem?

Fim de semana, tempo quente, céu aberto, Estrada Rio-Santos, caminho para a belíssima Costa Verde e engarrafamento certo. A causa? A suposta esperteza de alguns motoristas: com o tráfego intenso, os mais apressados usam o acostamento para ultrapassar os mais lentos, além de ser uma prática que contraria as leis de trânsito, é um complicador do trânsito, porque as pontes ao longo da estrada não têm acostamento, e na hora de voltarem para a pista, em meio a tantos carros, é preciso que um veículo pare para que esses "espertalhões" voltem, e com isso o tráfego é momentaneamente. Essas retenções momentâneas, multiplicadas pelo grande número de carros que trafegam nos acostamentos acabam deixando o trânsito ainda mais lento.

O agravante é a existência e a falta de atividade da Polícia Rodoviária Federal, pois está visível, e eles nada fazem. Há alguns anos chegaram ao cúmulo de instalar alguns tripés de ferro em frente à unidade, numa ação que parecia tentar evitar que as leis fossem infringidas bem em frente ao posto, afinal: "o que os olhos (dos policiais) não vêem o coração (ou o bolso dos infratores) não sente".

Todos os usuários da estrada esperam que a polícia haja mais e melhore o fluxo de automóveis, estimulando uma maior visitação do litoral sul fluminense.

Outro fato: pessoas que urinam nas ruas. Há algumas semanas eu trafegava pela Avenida Brasil na altura de Santa Cruz quando vi um homem parado ao lado de seu carro se "aliviando" na beira do acostamento. Nessa mesma hora passou um carro da PMERJ, e os policiais dentro desta nada fizeram. É bem verdade que não faz parte das obrigações da Polícia Militar tomar conta dos que urinam fora de lugar, no entanto, o único modo de conter essa prática tão repudiada por parte da população, é a repressão. O exemplo deve vir de cima, das autoridades. Se aquele homem tivesse sido repreendido, da próxima vez ele pensaria duaz vezes, pois temeria ser pego em flagrante e ouvir boas dos policiais. Mas, os policiais simplesmente passaram direto.

Além disso vemos circulando pelas ruas do país muitos carros sem a menor condição, sem as lâmpadas funcionarem corretamente, com vidros excessivamente filmados, com pára-brisas trincados e muitas outras infrações ao código de trânsito. E, creio eu que, sob a alegação de que não lhes compete verificar essas irregularidades, policiais militares fazem vista grossa diante dessas irregularidades, perpetrando essas práticas que irritam aqueles que se esforçam para trazer seu carro dentro das determinações da lei.

É hora de pôr o interesse da sociedade em primeiro lugar, parar de fazer vista grossa e enfim empreender uma mudança.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Feliz dia da Aviação de Caça atrasado!

Ontem foi o dia da Aviação de Caça no Brasil, mas a data passou silenciosa, salvo o vôo da sexagenária mais popular da TV brasileira: Ana Maria Braga, que foi pra Base Aérea de Santa Cruz no sábado, dia 18, e voou a bordo de um A-29, mais conhecido como Tucano, do Esquadrão Escorpião, locado em Boa Vista - RR.

Bem, mas o meu post não é pra falar da peripécias da apresentadora global, mas sim da realização de um evento na Base Aérea: na terça, véspera do dia da Caça, eu fui à base, com passe livre graças à companhia do meu tio que trabalha na FAB exatamente com o Esquadraõ Escorpião. Vi pela primeira vez uma estrutura de verdade preparada para o dia 22 de abril: havia um palco com canhões de luz, barraas com cada um dos esquadrões brasileiros formavam uma espécie de praça de campanha como nos tempos da Segunda Guerra. Coroava a arrumação um P47 sobrevivente da Segunda Guerra. como na terça não era o dia oficial da festa, apenas o Esquadrão Pampa, proveniente do Rio Grande do sul, estava com seu stand armado vendendo facas, cuias pra chimarrão, blusas, pins e chaveiros.
Imaginei como seria no dia seguinte. Mas é aí que se encontra o grande porém da questão: a festa, que em geral é permitida apenas pras famílias dos militares da Base ou daqueles que de alguma forma vão participar da festa, era a portões abertos, ou seja: qualquer um poderia entrar, mas nem mesmo alguns dos envolvidos sabiam disso, a abertura não fora veiculada na mídia.

Não sou nacionalista, muito pelo contrário, tenho uma lista de países onde preferiria viver ao invés do Brasil e apesar da minha afeição pelo socialismo, me sinto atraída de uma forma inexplicável pelo militarismo, tirando o excesso de peso da sua hierarquia. Contudo, vejo nas Forças Armadas uma forma de estimular nas pessoas um sentimento de afeição pela terra na qual habitam, afinal aqueles homens e mulheres tentam fazer algo pelo seu país, em caso de guerra são eles, pessoas normais quem nos defenderão, e talvez um contato mais próximo com esses seres normais, porém dotados de certa aura de poder, fosse mostrar aos "mortais" que também eles podem fazer algo pelo país, talvez assim a máquina estatal fosse parecer mais acessível. Só que os militares continuam se escondendo atrás de seus muros.

É uma pena...O Brasil perde assim grandes chances, perde em marketing, o governo não ganha um apoio extra do povo, perde-se um pouco dessa base popular, a velha "opinião pública". Os Estados Unidos usam com primazia seus soldados para atrair o povo, o espetáculo pelo menos enche os olhos. Mas o Brasil parece só fazer dificultar acesso à nossa história militar.

A saída? Mais propaganda, mais INVESTIMENTO! Passagem pra primo de 3º grau do suplente dos parlamentares?? Não! Gastem isso com algo realmente proveitoso! Em algo que possa trazer retorno à NAÇÃO! Mas é perigoso, não é mesmo, afinal museus estimulam os neurônios, e seres pensantes são uma ameaça a governos populistas, mas isso já é um outros post...

domingo, 19 de abril de 2009

Grilagem e Brasil, íntimos.


Um tema pouco abordado pela historiografia brasileira, mas que é,ou pelo menos deveria ser, de grande interesse da população é a grilagem, ou a apropriação de terras públicas indevidamente.
Basicamente, o que estes criminosos fazem é forjar documentos que remetem às sesmarias - as faixas de terra que a Coroa portuguesa destinou a alguns fidalgos para que cultivassem algo na colônia - e que legalizariam a posse da terra.
Essa prática é muito comum no Brasil, contudo, como é feita a mando dos poderosos, não é interessante manter arquivos sobre ela. Recentemente um periódico publicou um artigo de uma historiadora que editou recentemente um livro sobre a história da grilagem em terras brasílicas, e este artigo me fez refletir melhor sobre o tema. E essa é a base do meu post.
Primeiramente: o furto de terras públicas nada mais é do que crime de lesa-pátria, porque, legalmente, a terra pertence a todos nós. Por isso nós deveríamos reagir contra esse crime, e foi esse fato que me surpreendeu, porque a autora do livro disse que os europeus que vêm fazer intercâmbio têm grande dificuldade em entender a passividade dos brasileiros.
Um grande exemplo é algo cuja legalidade eu contesto há muito tempo, e contra o qual nada fazemos: a privatização de praias. É mais do que comum ver belíssimas praias pertencentes a 'resorts' ou condomínios de luxo, e resta aos que não têm condição de pagar ficar com as praias sem interesse comercial.
A ação das corporações é abusiva, e é patético ver como ficamos passivos diante disso. Até onde irá o poder do dinheiro?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O novo vestibular

O governo quer empreender reformas nos exames para o ingresso nas faculdades públicas, provavelmente um dos interesses do Estado é facilitar o acesso às instituições públicas, permitindo, através da unificação dos exames, que o aluno concorra a qualquer universidade em qualquer estado sem precisar fazer várias provas, correndo o risco de que as provas sejam agendadas para o mesmo dia. Outro ponto defendido pelos que discutem o assunto, principalmente os alunos que possivelmente serão afetados, é que a mudança facilitará o acesso de alunos mais pobres às universidades públicas, contudo o que ninguém fala é que ingressar na faculdade é o de menos, apesar da dificuldade, o difícil é se manter no curso.
Qualquer um que conhece o dia a dia de uma faculdade federal sabe o quão custoso é estudar: material, que é ainda mais caro em cursos com matérias relacionadas a desenho ou maquetes; cópias de textos, que são pedidas em alta quantidade nos cursos de Humanas; há ainda os gastos com alimentação e transporte, este último um dos piores, pois áreas como a Baixada Fluminense não contam com instituições federais, bem como a Zona Oeste carioca.
Uma prova dessa problemática já foi publicada há algum tempo no jornal "Extra", e dava conta de uma mãe e sua filha, residentes na Baixada Fluminense, que passaram para a Universidade Federal Fluminense, cujo campi fica em Niterói. Mas o salário da mãe não era suficiente para arcar com as despesas da casa junto das despesas com a faculdade.
Apenas a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro tem um alojamento, onde os alunos menos favorecidos podem morar sem pagar conta de luz nem água. Esse fato aliado à existência do restaurante universitário, que oferece refeições a preços módicos, facilita que alunos mais pobres possam estudar. Isso só reforça o fato de que o governo deve investir primeiro na infraestrutura necessária para receber os novos estudantes, e só então pensar nas reformas, porque, sem dúvida, é preciso que a população mais pobre possa gozar dos cursos gratuitos nas instituições de ensino superior público.