domingo, 19 de abril de 2009

Grilagem e Brasil, íntimos.


Um tema pouco abordado pela historiografia brasileira, mas que é,ou pelo menos deveria ser, de grande interesse da população é a grilagem, ou a apropriação de terras públicas indevidamente.
Basicamente, o que estes criminosos fazem é forjar documentos que remetem às sesmarias - as faixas de terra que a Coroa portuguesa destinou a alguns fidalgos para que cultivassem algo na colônia - e que legalizariam a posse da terra.
Essa prática é muito comum no Brasil, contudo, como é feita a mando dos poderosos, não é interessante manter arquivos sobre ela. Recentemente um periódico publicou um artigo de uma historiadora que editou recentemente um livro sobre a história da grilagem em terras brasílicas, e este artigo me fez refletir melhor sobre o tema. E essa é a base do meu post.
Primeiramente: o furto de terras públicas nada mais é do que crime de lesa-pátria, porque, legalmente, a terra pertence a todos nós. Por isso nós deveríamos reagir contra esse crime, e foi esse fato que me surpreendeu, porque a autora do livro disse que os europeus que vêm fazer intercâmbio têm grande dificuldade em entender a passividade dos brasileiros.
Um grande exemplo é algo cuja legalidade eu contesto há muito tempo, e contra o qual nada fazemos: a privatização de praias. É mais do que comum ver belíssimas praias pertencentes a 'resorts' ou condomínios de luxo, e resta aos que não têm condição de pagar ficar com as praias sem interesse comercial.
A ação das corporações é abusiva, e é patético ver como ficamos passivos diante disso. Até onde irá o poder do dinheiro?

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