Minto quase todos os dias dizendo que gosto de escrever. Se eu gostasse mesmo, escreveria por dinheiro. Leria os romances da moda, criaria um assim, daria autógrafos, palestras e apareceria na TV. Ou criaria um blog com textos daqueles que todos gostam de ler e compartilhar.
Mas eu não gosto de escrever, descobri lendo Rubem Fonseca. Sou aquele escritor que escreve porque precisa, porque não sabe viver de outra forma. Porque de outro jeito o mundo que mora em mim não transbordaria e, fatalmente, me sufocaria.
Escrevo porque algo me faz ter que pegar a caneta e marcar o papel ou bater as teclas e ver palavras surgirem na tela.
Escrevo porque, como diz Drummond, "meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores". Mas não, Drummond, nem sempre me conto e nem me dispo. Mas sempre me escrevo e me versifico para ver-si-fico melhor.
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