sexta-feira, 9 de maio de 2014

Diante da fragilidade da vida

Foto: Alyne Bittencourt

"A única certeza da vida é a morte". Repetimos essa frase mecanicamente um monte de vezes, e ela entra pro hall das coisas que falamos sem acreditar completamente.

Depois da morte, o que sobra é a ausência. A certeza de chegar a um lugar e não encontrar quem sempre esteve ali - e que às vezes nem notávamos - quase mais um móvel da casa, que de repente começa a fazer muita falta. Para sempre.

Falamos muito sobre a morte, mas nos chocamos diante dela, seja ela repentina ou anunciada. Por mais que tentemos absorver que o fim de alguém está próximo, nunca estamos preparados para a partida.

A morte exime as pessoas de defeitos. Todos são flores e lágrimas sobre o caixão. A morte aproxima. Aqueles que gostavam de quem se foi estão ali reunidos, embora por um motivo triste. A morte reacende sentimentos. Nosso lado humano transborda com a morte de alguém querido, mesmo que seja uma pessoa distante, mas que, de algum modo, nos tocava. A morte nos faz iguais. Todos sofremos e.um dia, seremos levados por ela (ainda que para outra vida, para outro lugar, ou para sempre, dependendo da crença).


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